Antes de seguir para o Cotel, dono da Priples se defende de acusações
Henrique Maciel foi preso junto com a mulher, Mirele de Freitas, acusado de fazer pirâmide financeiro
Pouco antes de seguir para o Cotel, por volta das 16h deste sábado,
Henrique Maciel, criador da empresa Priples, conversou com a imprensa,
na Delegacia do Ipsep, para onde foi levado após ser preso ao lado da
mulher, Mirele de Freitas, acusado de praticar pirâmide financeira.
A entrevista foi orientada por três advogados, que definiram
previamente as perguntas que poderiam ser feitas. Henrique negou a
prática do esquema de pirâmide e disse que a empresa faz marketing
multinível, com venda direta de produtos. Porém, não explicou a
diferença entre os dois sistemas.
“Minha empresa é idônea, tenho como provar na Justiça”, declarou
Henrique Maciel. Questionado como recebeu a ordem de prisão, respondeu
que foi pego de surpresa, mas respeita a decisão e tentará reverter a
situação.
Sobre a origem dos bens da Priples, informou que todos foram
adquiridos com recursos da firma e estão registrados no nome da empresa.
Os bens pessoais, garante, foram conquistados com recursos próprios.
“Não é dinheiro de terceiros.”
Questionado sobre a situação dos 210 mil usuários do site, que
investiram na Priples e na manhã de ontem foram surpreendidos com o
bloqueio dos bens da empresa, Henrique Maciel disse que a Justiça vai
responder.
A Priples, de acordo com investidores do site, vende pacotes de anúncios na internet.
Donos da Priples têm bens, estimados em R$ 70 milhões, bloqueados
Casal Henrique Maciel e Mirele Pacheco foi preso na manhã deste sábado, no bairro da Imbiribeira
Os donos da empresa Priples, que foram presos neste sábado (3), no bairro da Imbiribeira, Zona Sul do Recife, acusados de crime contra e economia popular e contra as relações de consumo, terão os bens bloqueados pela justiça. Segundo o delegado responsável pelo caso, Carlos Couto, o patrimônio de Henrique Maciel, 26 anos, e Mirele Pacheco, de 22, chega a R$ 70 milhões.
Ainda de acordo com o delegado, o montante será usado para devolver, ao menos, o valor inicial investido pelos sócios.
Carlos Couto disse que o casal alega não
proemter lucros altos. "Eles dizem que a empresa não alega retorno
financeiro. Se o investimento não for pago em dinheiro, eles se reservam
no direito de fazê-lo através de anúncios no site da Priples", explica.
O casal ainda está na delegacia.
Henrique deve seguir, ainda neste sábado (3), para o Cotel, em Abreu e
Lima, e Mirele para a Colônia Penal Feminina do Recife.
HISTÓRICO - A empresa Priples diz
trabalhar no sistema de marketing multinível, onde os divulgadores do
produto (no caso da Priples são anúncios na internet) recebem ganhos de
60% mensais em cima do valor investido.
Em julho, dezenas de divulgadores da
empresa fizeram fila na sede da Priples, localizada no bairro de
Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, por não terem recebido os
pagamentos.
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